Pages

Então falaremos de amor...

Tua ausência desperta a angústia massacrante. Ainda lembro daqueles balanços no parque, sentada só o vento que balançava meus cabelos cor de cobre trouxe você todo desbocado, mas no fundo eu sei o que você queria ter dito: "também estou sozinho, posso ficar aqui?"

O meu jeito tímido te calou. Não queria isso, o timbre da sua voz deixou-me tão calma. Não conseguia olhar nos teus olhos, "Nunca te vi por aqui." Os seus não desviavam-se de mim "Moro longe, quatro horas de viagem." Mais uma vez o vento bateu fazendo com que meu cabelo cobrisse a expressão de preocupação.

"- Você tem um jeito tão meigo.

- Não é o que dizem.

- Pago pra ver.

- Então acho que é 'adeus!'

- Espero que não.

- Façamos o seguinte: te dou este abraço, mas você vai ter que devolver.

- Combinado."

Assim pude sentir seu coração, o seu perfume e seu calor. Era o que bastava pra saber que ele é real. Quando disser que vem, eu sento naquele balanço com o vestido rosa que você tanto gosta e que marcou o nosso primeiro encontro.

Obrigada por me ensinar que não tem "adeus" enquanto um de nós permanecer aqui.

0 desabafos:

Postar um comentário

Leitores