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Por que? Rimo quê eu vivo, vivo o que rimo e tenho dito. Não falo de política, falo do que acredito, viu?! Não tô na de beijar a lona, é noiz por noiz e se não for assim não funciona. Perante o silêncio das rua, esse é o momento. Pra gente não existe tempo pra perder tempo, trabalho e organização, cê me entendeu?
Vou, mais um milhão de solitário que nem eu, tô disposto a tudo ou nada, crente que se só meia dúzia trabalha isso aqui não vai pra frente. É você quem define a parada, cê pode morrer na praia ou então decide pra onde nada. Se existe um inimigo a ser vencido, não sei por quem e nem pra quê, só tive a honra de ser escolhido e os verdadeiro tão no corre. Então deixa eu ir nessa porque se depender de alguns o rap morre.
Stefanie rimo aqui, pra dizer o porquê. Interessados? Quem quiser, agora vai saber inspiração é tudo que afeta ou me completa. Cada um tem sua missão e Deus já deu minha meta. Capacidade pra alguma coisa todo mundo tem, de tudo que já fiz, isso me fez sentir bem, rimar na batida da rua é muito mais além, pois luta contra o mal e já salvou muita mente também. Rima é ação de unir o útil ao agradável, minha escolha de vida, meu prazer inexplicável. Rimar, é crer pra mim que ainda existe esperança, é a arte marginalizada que quer ver mudança. Eu rimo pra que o lado negativo enfraqueça e para que o coração gelado se aqueça, pra que alguma coisa boa aconteça e pra que minha vida inteira se fortaleça.
Porquês não se criam dentro de meus cadernos, onde cada lágrima minha é um mar de amores eternos, de infernos com dores, de almas sem paz. A rima nasce nos olhos soturno onde a esperança não vive mais. A morte é próxima demais da vida dos mc, por isso quando rimo é sempre meu último free, último fi, chave de ouro pra trajetória.
Com 15 anos eu escrevia rap, hoje escrevo a história de quem tá pra viver, isso é mais que existir. Não pra quem pode entender, mas pra quem pode sentir, pra quem pode ouvir o silêncio das ruas, o barulho da calçada e a sinfonia das duas, pra quem se viu distante, frio que nem plutão, mais uma lenda viva morrendo de fome porque soube dizer não, pra se afastar dos tiriça. Ou já não sabe mais se vocês quer uma bmw ou
justiça.
Junto as palavra na folha, boto tudo pra fora, mas permaneço na encolha. De momento tá tudo bem, do nada maldade vem das coisas que a vida tem, não deram escolha revidar quem ataca, chacina seria a meta. Repressão não me fez o vilão, fez o poeta, os soldados da rua tão de glock e bereta. Convocado pra guerra mas só me deram a caneta. Se a palavra é poder, impactante é o vocal, tranquilizante escrever, emocionante o sarau. O loco vai perceber, olha na bola do olho. Você vê o efeito da rima na expressão facial. A mente criminal, criação do destino, marginal, neguin, mal visto desde menino. Elevei a moral, vi as quebrada curtindo, qualquer lugar que tiver vai ser por elas que eu rimo.



Não sei se tenho razão, mas várias são as razões, são vários os motivos poucas as motivações. Tenho grandes sonhos e pequenas ambições. Sei que mesmo que seja na melhor das intenções, não aponto soluções, provoco o pensamento, semeando sugestões, quantizando sentimentos e momentos da vivência que façam diferença não marcam sua presença pra ganhar mais audiência. Deram a sugestão, segui por empolgação, surgiu a inspiração, hoje é quase obrigação, o que guia minha mão pelo meu bloco sem pauta. Foco pro trabalho ser entregue sem falta, pode não ser a resposta que cê queria ouvir, é um pensamento difícil de traduzir, até tento reduzir, mas nesse verso não cabe.

Eu sei bem o meu porquê, mas e você, sabe?



Conseguem entender?

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