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Desabafo de um coração nostálgico.

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Saudades dos vários tons de vermelho que já tive no cabelo, do chanel, do preto passando das costas. Saudades das minhas roupas, do meu jeito, da minha idade; saudades das pessoas, dos amigos, dos castigos que minha mãe me dava.


Afinal, que sentimento é esse? Por que damos tanto valor a eles?

Uma vez ouvi em algo que nunca me esqueci: "Só sentimos saudades daquilo que foi bom."

Mas e se foi ruim e mesmo assim ainda existe saudade?
Então você sente saudade de algo que não existiu, mas queria que tivesse. A falta de algo/alguém é uma sensação tão vulnerável. Em demasiado, podemos até pensar que estamos enlouquecendo... E estamos?


Sem problemas, o desabafo de um coração nostálgico.
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Não é difícil pegar-me escrevendo algo.
Por aqui e ali liberto-me em sussurros pra folhas rasuradas, palavras tristes, alegres, de conforto, de esperança, de amor, palavras pra você...

Como num passe de mágica olho pra mais um fim de muitos, pois é assim quando aprende a gostar de escrever, nada é um começo, porém o fim é eterno.

Aprendi a não ser sempre a mesma, buscar novos horizontes, mesmo estando sempre aqui, não por muito tempo, é claro, mas enquanto estiver aqui aparentemente parada, acredite: estarei correndo contra o vento ou nadando contra a maré, indo contra o mundo ou contra tudo.

"Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo: — mais nada."

Cecília Meireles

Exercita a paciência... ♪

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Quero um novo amanhã; quero um novo mundo. Quero um novo sonho, uma nova conquista.

Necessito saber que estou e estarei sempre apta às mudanças, é necessário para saber que o novo existe e uma nova esperança também.

Quero saber se sempre há um novo fim ou se as histórias já estão escritas no destino.

Talvez eu seja ansiosa pelo fim, não sabendo o porquê. E mesmo estando em minha cabeça que cada dia que se passa é menos um, ainda tenho pressa, ainda corro, ainda clamo...

Mesmo que tudo não faça sentindo para mim, tem uma coisa que não abro mão de querer:

Quero tudo novo de novo.

Relacionamentos?

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Como é possível eu estar assim? Normal...

Isso está me incomodando, pois vou dando conta do que me tornei. E não tenho tanta certeza assim se gosto.

Por mais uma vez, escondo-me, fujo, disfarço e volto.

Não sei quanto o isso é bom ou ruim, apenas vivo.

Até posso estar sozinha, mas ao dormir não estou, olho para cima e vejo o que me tornei.

Será que me arrependo?

Será que quero voltar?

O passado me traz boas lembranças, mas meu ego força-me a querer criar novas histórias, mesmo que elas não sejam tão boas assim.


UM FATO: Estou aqui!

Vivendo o melhor que posso. Sei que dá pra ser melhor ainda, mas deixarei pra amanhã.
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Saúdo o sol como no ritmo do amanhecer, lembro de tudo aquilo que sou e agradeço por ser um ser que não perdeu o dom de se encantar com as maravilha pequena, como os gesto que dá grandeza família. Eu vejo casa sem reboque de aparência tenebrosa e em minha insignificância rendo homenagem silenciosa. A todos que sabem o que é um ônibus lotado, voce já na corrida pois de novo tá atrasado, preocupado tem que manter a vida no tom, despertador fila da puta toca quando o sonho fica bom. Vai trabalhar pra no fim cê tá sem um puto, porra ainda to cansado, só mais 5 minuto!

Minha rima não é a que mais vende, nem a que lota o salão, mas traz paz ao coração da meia dúzia que prestou atenção. Talvez eu viva um tempão, talvez eu morra amanhã, mas eu lhe deixo a certeza de poder crer na manhã. Ser simples é ser um alien como quem não rebola, ta fora de moda igual ter um tênis sem mola. Cê hoje não crê em nada quando olha no espelho, mas já botou fé que quem botava ovo era o coelho. Pergunta pro menininho na foto do prézinho, se ele ficou com algo que possa dar vida ao seu mundinho pequeno escuro, sensato e previsível, onde a beleza de ser livre é invisível, onde tudo que é só seu, só te causa vergonha.

Aproveita agora que ninguém tá olhando e sonha!

Eu faço poemas pro tempo, arremesso eles ao vento, talvez um dia alguém escute e diga: mó talento! Acredito que tô cumprindo meu papel, mesmo que há olhos alheios ainda sonhe como réu.

Comprimento meus irmão que não são filhos da Jacira, enquanto ouço perguntar de hoje, qual rolê que vira? Faço como o sol pra todos mostro a mesma cara. Sendo tão guerreiro quanto o povo no Saara. Setenta e oito rotações ou trinta e três um terço, parindo beats lentos e o talento vem do berço, servindo de playground pro verdadeiro MC, meu sonho é ver o povo acordar pra poder dormir. E a quem não fecha com sistema cabe o calabouço, tem que trampar igual máquina e a pilha sai do seu bolso. Olhas as crianças brincando, moskão, manobra direito, nóis apavora os intruso, fica ligero sujeito, não vai estragar meu domingo, entristecendo a quebrada. Vejo o mundo fantástico com a tv desligada. São Paulo faz frio memo, eu vo de blusa e toca. Eu quero amor e paz, mais uma coisa tráz a outra. Pros meus filhos acho que a única coisa que eu vou deixar é essa riqueza que o gerente não pode levar. Documento suburbano registrado em minha voz. Oração de vagabundo, tira o amém, põe a rua é nóiz!

Conseguem entender?

O amor entre o caos e as apresentações.

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Todos os dias na estação ferroviária é a mesma coisa, vejo gente passando para tudo quanto é lado: voltando do trabalho, quem sabe indo; estudos ou diversão.
Toda vez que volto para casa e vejo esse tumulto, apenas observo. Observo. Talvez fosse entre o caos que encontrasse aquela emoção que deixei cair por aí.
Olá, te apresento viventes do mundo entre o caos: eu e você.

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